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sábado, 6 de novembro de 2010

Petit – O polvo carioca do Le vin



O melhor polvo do planeta não é nem foi o vidente alemão da bola Paul: ele mora aqui pertinho de nós. Tão carioca quanto Tom e Vinicius, o Polvo a Lagareiro do Le Vin é coisa séria, de deixar no chinelo as charmosas tascas alfacinhas. Há algum tempo, Alain Gouste me falou do “gajo”, e ontem resolvi voltar pra conferir o bicho.
Le Vin é um simpático restaurante no coração de Ipanema, comandado pelo Chef Marcílio - uma casa mostarda, com arcos coloniais na entrada, mesinhas no salão principal e na varanda, toalhas de mesa quadriculadas em azul e branco e uma bela adega para 2 mil garrafas, acomodada em um dos quartos da casa.



O Sommelier Marcio (uma simpatia de pessoa) nos convidou a entrar na adega. Pra fazer jus ao nome, rótulos interessantes do velho e do novo mundo, incluindo, é claro, uma boa seleção de franceses. Como já sabia que iríamos de polvo, resolvi fazer uma brincadeira com duas castas francesas que eram coadjuvantes no seu país natal, e que chegaram por acidente na América do sul: Carmenére e Malbec, que logo se tornaram protagonistas por aqui - uma no Chile (Carménere), a outra na Argentina (Malbec). Começamos com o já conhecido chileno Don Martino Legado 2007, um vinho simples, mas cheio de swing
e pimenta no quadril, bebemos a ampola com uma tábua de queijos – Cabra, Roquefort, Brie – e o clássico pão criado nas categorias de base da cozinha do Le Vin: um pão divino que vem com manteiga e um paté de fígado de galinha.

Quando chegou a nossa estrela, que carinhosamente apelidamos de “Petit”, abrimos a segunda ampola – um Malbec Pascual Toso reserve 2008 - sugestão do querido Márcio. A harmonia ganhou nota 10, o vinho é tão bom quanto um tango de gardel ou uma trilha de Gustavo Santaolalla, e o polvo “Petit” do Le Vin é o novo "menino do rio".


P.S: Pra quem não se lembra, Petit era o nome do muso da praia de Ipanema pra quem Caetano Veloso compôs “Menino do Rio”.

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