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quarta-feira, 7 de março de 2012

me chama pra moxama que eu vou!

me chama pra moxama que eu vou!

Em portugal no verão passado,fui convidado pela amiga e cantora Susana Travassos a conhecer sua casa em Vila Real de Santo António - uma simpática cidadezinha no coração do algarve  quase divisa com espanha.
Entre umas e outras, fui apresentado a sui geris moxama de atum - uma espécie de presunto de peixe , que era iguaria "habitué" de fenícios e romanos, há pelo menos 2.000 anos . Invenção que os mouros chamavam de moxama = seco.

por um lado parece carne - um pata negra - por outro é na verdade peixe , então não tive dúvidas: abri uma ampola do tinto algarvio barranco longo - um tintol de responsa - mas poderia ter aberto um rosé ou eventualmente um branco - mas como o tinto do BL é  uma grande pomada… no final: o fim… da moxama e da garrafa, uma pena!
fico a espera de voltar em breve ao Algarve e fazer o teste drive da moxama com um verde do Anselmo Mendes chamado, do qual gosto imenso, e ver se harmoniza, ou se swinga  com a moxama - como diria mê ganda amigo Alain Gouste http://alaingouste.blogspot.pt/ .

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Porco Preto - Céu Azul

Porco preto - Céu azul

Convite para visitar o Alentejo não se recusa, mesmo quando lhe  convidam para a matança do porco preto, com a naturalidade que se arranca um pé de alface.
Como somos artistas e reza a lenda que artista sempre atrasa, eu, Dani, os Couple Coffee, Susana Felix e Renato Junior, programamos cuidadosamente esse atraso para chegar depois que os bichinhos comedores de bolota - fruto do sobreiro, aquela árvore da qual se retira a cortiça - já tivessem passado dessa pra melhor.
Chegamos a Castro Verde, no coração de Alentejo, localizada entre Béja e Evora ainda na madruga de sexta.
sábado meio dia partimos para quinta do Rui Guerreiro - grande engenheiro de som tuga - e quando lá chegamos, já era tarde e Inês e seus amantes já estavam mortos e pendurados.


O porco preto hoje é considerado uma das mais ricas fontes protéicas da natureza,fina iguaria, carne rica em ômega 3 e blá
blá blá ...
vamos ao que interessa: de cara, provamos os miúdos com pão alentejano acompanhado das mini cervas da sagres. as miúdas achando que tudo aquilo era comida de Obelix, conseguiram se virar na cozinha e trouxeram cortes mais nobres: os deliciosos secretos de pp.
Saímos de lá com um porco inteiro na mala do carro, e como o povo bebe e muda de idéia rápido, decidimos adiar a volta a Lisboa e dormir no Alvito, na casa de Alípio de Freitas, ( pai de Luanda Cozetti) .Não demorou muito  mr gaucho barbecue man Norton Daiello, ter a idéia de fazer um churrasco na lareira, ai foi porco preto de tudo que é jeito, destaque especial para as plumas , secretos e entremeadas. 


Nota 10 para o pp e para o Herdade dos Grous tinto - do enólogo Luis Duarte - que bateu um bolão harmonizando com o bicho.

Alentejo, see u soon
.




quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

O carteiro e o vinho


Sinto falta de receber cartas, cartões, telegramas, encomendas, e sobretudo, falta de esperar o carteiro chegar... As respostas tinham que obedecer o tempo,hoje na era dos emails e esse eme esses, tudo é turbo, rápido, e as vezes a cartinha digital chega em momentos inoportunos ,e é do ritual da espera que tenho saudade.
Quinta-feira passada cheguei no portão, e lá estava na portaria uma caixinha de isopor ( esferovite em Portugal ) a minha espera, olhei o pacote e vi um selo do correio português,logo descobri que se tratava de um presente do querido amigo duriense Samuel Tapada, abri rapidamente o embrulho, e dei de cara com uma bela garrafa de um tinto chamado D'eça, entrei em casa, guardei a garrafa cuidadosamente na adega, quando chega uma cartinha digital do meu querido Samuel, falando do vinho que havia me mandado:
“Querido amigo Pierre, envio-lhe uma garrafa de um produtor também amigo, que chegou a um resultado bem interessante
, diz-me lá o achas!"
Guardei a garrafa e ontém ao receber um casal de amigos em casa,não tive dúvidas: abri o D'eça - proveniente do Douro Superior, com 12 meses em barrica
em carvalho francês e uma produção de apenas duas mil garrafas -
Coloquei no decanter e boom! é mesmo um vinho de se mastigar! Touriga Nacional e Touriga Franca, espero logo logo voltar ao Douro, para esvaziar outra ampola "d'eça" ao lado do amigo Samuel.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Pão com manteiga!

Pão com Manteiga

Êta combinação perfeita, meu povo!
O universal pão com manteiga me pegou hoje pelo pé, e foi lá no Gringo Café. Saindo do forno pelas mãos da jovem chef Marcela – que como diria minha vó Celina, é mesmo um pão! - o "biscuit" tava com uma cara tão boa ainda na forma, que não contive o ímpeto. Ao rasgar seda pra Marcela, acabei ganhando um de brinde, ou de borla como dizem os "tugas", vixe, e tava bāo demais!!!


Gosto de qualquer pão com manteiga, de qualquer padaria, seja na canoa, na chapa, ou quentinho no saco de pão. Se tiver a manteiga aviação então...
No Rio, gosto do pão com manteiga da Padaria Eldorado em Ipanema, do Talho Capixaba, do Garcia & Rodrigues, da Casa do Pão, e do inesquecível pão com manteiga da Dona Marly na fazenda Campestre!
viva o pão com manteiga! miammmmmm 

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Zazá Odara!

Numa casinha com decoração odara na esquina da prudente com Joana em ipanema, fica o Zazá bistrô, há tempos um dos meus points preferidos no rio, desde há epoca em que o craque Checho Gonzalez pilotova o fogão da casa.
Ontem fomos conferir como anda a cozinha nas mãos do jovem chef Pablo Vidal, e voilá: o menino é mesmo dos bons! de cara, pedimos algumas entradinhas : as tapioquinhas são arretadas de boas, o tartar misto de atum e salmao também agrada.Swingamos com a ja habitué cava brut Cristalino , boa escolha e nota 10 em hamonia.

Pra seguir, pedimos o honesto chardonnay High tide da Isla negra e  três pratos : Atum semi cru com vegetais e camarões 
ao molho de maracujá com crispis de couve e gengibre, acompanha arroz jasmim com cardamomo. Braseado de polvo e Lulas
(com mix de arroz selvagem) brócolis e azeitonas ao limão confit, e o peixe do dia - Cherne, Namorado ou Dourado , era o namorado, com o delicioso purê de banana da terra,
palmito do frade e azeite de ervas com pimenta dedo de moça.Tudo jóia rara, que é pro mundo ficar odara! difícil dizer quem ganhou o páreo! nota 10 pro Chef Pablo, que tá com tudo e nao tá prosa!
Parabéns á Isabela Pierek (Zazá), que continua cuidando “mucho bien” de seu simpático bistrozinho tropical .

sábado, 8 de janeiro de 2011

O SUSPIRO DE MARLY - fazenda Campestre



Chegamos a campestre enquanto a tarde dormia
vaquinhas no pasto  barulhinho de água corrente
uma casa que zanine havia criado em melodia
virada pra face de duas montanhas valentes
com o tempo soprando a noite aparecia
entre o fogo da lareira e uma paz consistente
os melhores amigos reunidos em ciranda
caçando versos sentados na varanda


A medida que eu enchia a  taça de alegria
o céu derramava uma pipa de estrelas cadentes
lareira violão livros e a melhor companhia
trazendo um sorriso de brilhar a ponta dos dentes
sintonia fina entre caçador e cria
pro peito que carecia de felicidade urgente
Bethoven pra nanar Antonio e Frida
e Maria do lado pra me deixar feliz da vida


Dona Marly cozinheira de mão cheia
interpretava na ponta dos dedos mais uma receita
compondo a rica mesa da última seia
cantarolava  seus tempêros em notas perfeitas
os vinhos em lágrimas ja corriam em nossas veias
alimento pra alma que a boca não rejeita
suas mãos mágicas aos pés do fogão
enquanto a lenha ia ardendo de paixão


Claras em neve a leveza do suspiro
açucar fogo baixo raspas de limão
a boca marejada ao notar pra onde miro
a cada mordida alegria sorriso e comoção
se precisar disputo o último a tiro
Dona Marly nos alimenta o coração
no pote de vidro ja não havia mais nada
meu Deus quando chegará a próxima fornada ?

De surpresa chegam os chips de abobrinha
uma especiaria um vício impossivel de largar
pra sempre quero morar na sua cozinha
que seu   tempero nunca falte no meu lar
adicionando os ingredientes que tinha
agradeci de joelhos a seus pés a chorar
minha hóstia seu bicoitinho de queijo
pra pecar sem culpa até o ultimo beijo




Um cardume de músicas mora na serra do mar
em silêncio afino a viola que serve de anzol
com seis  cordas de nylon começo a pescar
na noite fria que navega até o nascer o sol
quando fisgo a primeira  melodia não paro  de cantar
feito um repente entre o sabiá e o rouxinol
Viva os caboclos salve o anjo Miguel
E as belas músicas que mergulham do céu