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terça-feira, 16 de novembro de 2010

Sushi Leblon – Sake X Vinho Verde



Se as meninas do Leblon não olham mais pra mim, eu uso óculos! ...só um míope com a consulta atrasada no oftamologista não enxerga o Sushi Leblon quando o assunto é peixe cru no Rio de Janeiro. Ontem fomos conferir o badalado restaurante que bomba no coração gastronômico da Dias Ferreira. A alta cozinha das tapas nipônicas.
Pedalando pelas montanhas do Rio, no meio da Mata Atlântica, conheci Carolina (não a musa do parceiro Seu Jorge), uma das simpáticas sócias do Sushi Leblon, e prometi a ela dar uma “caneteada” no estabelecimento pro praquemnaotemnarizempe.



Já tinha em mente pedir as “tapas” de lá, swingando com um vinho verde do Minho, mas ainda daria a última chance ao sake. Havia um verde na carta do SL: o básico e bom Alvarinho Deu La Deu – e fomos nele! Quando a brincadeira começou, de cara já deu pra ver que com o “Deu La Deu”, ia ficar difícil pro sake, bebida boa, mas que eu beberia solo antes da festa, como se bebe um espumante antes de começar os trabalhos. O sake aberto foi o japa Gekkeikan, seco, honesto e bom. O vinho verde, de saída, deixou a bebida do samurai no chinelo! ...de palha é claro. Vai uma sugestão: adiciona na carta do SL dois verdes seríssimos? Oba! Palácio da Brejoeira e Muros de Melgaço – respectivamente Pelé e Euzébio dos verdes.

Antes de chegar ao SL, havíamos ido ver no Tom Jobim a Orkestra Rumpilezz do caboclo mestre baiano Letieres Leite. Composta por vinte músicos (15 metais e 5 percussas), Rumpilezz é a coisa mais original da música brasileira desde João Gilberto – fazendo uma analogia, seria a sensação similar de morder pela primeira vez uma fatia de torô em Tsukiji, mercado do peixe de Tokyo.
Ainda extasiados com os aprontos de Letieres e sua trupe, eu, LM e o simpaticíssimo e talentoso casal de amigos novaiorquinos Lucy Knaus e Michael Kiaer – ela, produtora de moda da pesada, ele, baixista do concorrido Nublu, disputado inferninho cult do East Village – chegamos ao SL e pedi a um jovem (gente boníssima e carioquíssimo) garçom chamado Bruno pra ir trazendo os quitutes pra mesa pouco a pouco. Com o Alvarinho aberto, chegou o já clássico tartar de atum gordo pra dar as boas vindas, ou melhor, as ótimas vindas: servido com ovas de capelim e gema de ovo caipira no topo do fuji, tudo cuidadosamente misturado na hora ao peixe e ao wasabi pelo garçom. O tal tartar – que não é e nem lembra o pouco talento de Tarta, o atacante do tricolor carioca – é mesmo muito bom!

Na sequência, foi chegando o resto do povo: spicy tuna, sashimi de salmão com raspas de limão siciliano, azeite e flor de sal, salmão special crunch (a ideia dos flocos de arroz é muito boa), sushi de fois gras , pros veganos entenderem, seria uma espécie do graal do peanut butter (fica ai então a sugestão de uma versão veggie : sushi de peanut butter!), carpaccio de namorado com pimenta biquinho... até chegar a estrela da noite: sushi de peixe manteiga, fazendo dupla com sushi de ovo de codorna estrelado, tudo finalizado com um toque perfeito de azeite trufado. Aí, meu caro amigo, é de enlouquecer o mais contido ser humano da face da terra. Manja aquele bancário do Banco do Brasil super “bem humorado” que passa o dia autenticando conta? 


Se provar isso, não volta nunca mais pro BB. Naquela hora, eu queria estar num tatame pra comer de joelhos e agradecer muito ao Grande Buda de Kamakura.

Vou voltar ao SL com LM qualquer hora dessas, pouco antes do sunset, levando um Muros de Melgaço debaixo do braço, só pra comer o sushi de peixe manteiga e ovo de codorna no balcão, batendo bapo com o time de craques nordestinos – mostly cearenses - que comandam o cardume.
Sushi Leblon c'est tres bon, como diria o amigo Alain Gouste!

P.S: Entre os notáveis da noite do SL, estava lá o vascaíno governador do Rio Sergio Cabral (não me contive e exclamei quando passou por nossa mesa: Vascoooo!!! – sendo imediatamente retribuído calorosamente pelo cruzmaltino.

P.S 2: Yan Braz, você é o cara!

P.S 3: Ontem foi niver de Paulinho da Viola! Parabéns ao mestre!









Dicas:
O Alvarinho Deu la deu pode ser encontrado no supermercado Mundial num precinho bem amigável. Aliás, corra pra garantir tbm no Mundial uma ampola do otemo Vinha longa reserva Alentejano por 17 pratas .

Vale a conferida no site da Lucy : www.lucyknaus.com
Se for ao Sushi Leblon, se programe pra chegar as 7 da noite, pois depois, vai ter que ficar batendo papo com a bela top model hostess de lá por pelo menos uma hora – o que também não é nada mal! Mas não foi nosso caso, que pena!!!! :)  já que carinhosamente e excepcionalmente, Carolina havia feito uma reserva pro praquemnaotemnarizempe .

5 comentários:

Anônimo disse...

Amigo, prove também o vinho rosé, que a par do vinho verde, deslumbra com a comida asiática!!

Abraços do Douro

Sam

Yan Braz disse...

:) sempre muito bondoso em seus comentários, fico feliz que tenha dado tudo certo ! Descobri um restaurante peruano aqui no Rio, acho que daria uma bossa legal no praquemnaotemnarizempe, topas?

grande abraço

praquemnaotemnarizempe disse...

Oba Yan e Samuel,

Craques do vinho! rosé , huummm , gostei, bora ver isso junto!
Yan,
to dentraço, soh falar data e figurino!

Anônimo disse...

Já chamei o taxi! mas ele demora... Se calhar vou a pé até ao rio!!!

Depois envio a lista de "roses" para se provar e aprovar...

Um abraço forte do lado de cá!

Anônimo disse...

Enquanto esperam por mim, encomendem um Casal da Coelheira Rosé de 2009 e um Château Lamothe-Vincent Rosé de 2008... Com uma comida asiática deixam qualquer um siderado!!

é de beber fresquinho e chorar por mais!

PS: O Casal da coelheira tem Touriga Nacional ;)