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quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

O carteiro e o vinho


Sinto falta de receber cartas, cartões, telegramas, encomendas, e sobretudo, falta de esperar o carteiro chegar... As respostas tinham que obedecer o tempo,hoje na era dos emails e esse eme esses, tudo é turbo, rápido, e as vezes a cartinha digital chega em momentos inoportunos ,e é do ritual da espera que tenho saudade.
Quinta-feira passada cheguei no portão, e lá estava na portaria uma caixinha de isopor ( esferovite em Portugal ) a minha espera, olhei o pacote e vi um selo do correio português,logo descobri que se tratava de um presente do querido amigo duriense Samuel Tapada, abri rapidamente o embrulho, e dei de cara com uma bela garrafa de um tinto chamado D'eça, entrei em casa, guardei a garrafa cuidadosamente na adega, quando chega uma cartinha digital do meu querido Samuel, falando do vinho que havia me mandado:
“Querido amigo Pierre, envio-lhe uma garrafa de um produtor também amigo, que chegou a um resultado bem interessante
, diz-me lá o achas!"
Guardei a garrafa e ontém ao receber um casal de amigos em casa,não tive dúvidas: abri o D'eça - proveniente do Douro Superior, com 12 meses em barrica
em carvalho francês e uma produção de apenas duas mil garrafas -
Coloquei no decanter e boom! é mesmo um vinho de se mastigar! Touriga Nacional e Touriga Franca, espero logo logo voltar ao Douro, para esvaziar outra ampola "d'eça" ao lado do amigo Samuel.